Lá se vão 45 dias desde a última vez que publiquei alguma coisa e assumo: MEA CULPA, MEA CULPA, MEA MÁXIMA CULPA, hahaha.
A verdade é que Nevis foi um rápido interlúdio para o que considerávamos um marco na viagem que era a chegada em San Marteen.
Nevis também conhecida como Saint Kitts and Nevis fica ao lado de outra ilha chamada Saint Cristopher e ambas pertencem curiosamente a Anguila, e digo curiosamente porque se observarem em um mapa verificarão que a Ilha mãe fica bastante distante, após San Marteen, e na verdade Nevis nos decepcionou um pouco. As poitas disponíveis ( não se pode ancorar) são muito distantes da cidade (Charlestown) e haja motor no botinho e traseiro molhado na longa viagem. Customs e imigração com taxas caras, atendimento lento e uma cidade bonita mas com um povo super emburrado. No final, o que vale a pena é a praia em frente a ancoragem que possui um belo resort e dois restaurantes com um atendimento simpático e um bom sinal de internet.
Fotos de Charlestown
Restaurante simpático
Vejam nosso país decorando o local
Jogo esquisito destas bandas. A tábua inclinada tem um buraco e cada jogador faz arremessos tentando encaçapá-las. Raramente acertam, acho ou que beberam umas antes ou que realmente é difícil, hehehe
Finalmente uma skol, estávamos com saudade!
Ficamos o mínimo necessário para conhecer e descansar um pouco e na quarta-feira a noite partimos para San Marteen, com uma previsão de umas 12 horas de navegação para vencer as 63 milhas de distancia. A m… de não escrever logo sobre as travessias é que esquecemos as particularidades e elas se misturam, mas pelo que me lembro os únicos fatos marcantes foram mais uma rede de pesca que pegamos mas que o Rubão removeu com facilidade sem precisar mergulhar, um belo Xaréu de uns 3 Kg que o Rubão pegou e um sustão que tomei com o 3º grande navio com o qual cruzamos no meu turno da madrugada e que deu a sensação de estar vindo diretamente para nós. Foi só um erro de cálculo, mas é uma rota bastante movimentada, muitos transatlanticos e demanda atenção.
Olha o Xaréu aí…
San Marteen, como é conhecido o lado Holandês dessa curiosa ilha que tem também sua metade Francesa chamada Saint Martin, foi nosso destino escolhido para a primeira ancoragem na Simpson Bay, uma enseada relativamente tranquila com uma ponte que abre em alguns horários pré estabelecidos para que os veleiros com seus mastros altíssimos e os grandes iates passem para uma área extremamente calma e protegida chamada lagoon. Este lagoon abriga diversas marinas, restaurantes, o Iate Clube local e as maiores lojas de produtos náuticos do Caribe.
Ancoramos umas 7:00 hs da manhã e que alegria sentimos ao avistar o veleiro Namastê dos amigos Carlão e Sandra e do meu queridíssimo Branquinho. Neste mesmo dia já rolou, apesar do cansaço, uma visita de botinho ao lagoon, customs e imigração e uma bela moqueca com os amigos em Doris e o Xaréu virou lembrança, hahaha.
Chegando em Simpson Bay, e olha o Namastê nos esperando
Comemorando a chegada
No Lagoonis já arrumei uma amiga, todas as bvezes que chegamos para o Happy Hour, a música a noite ou para comer algo a safadinha já vem se enroscar…ainda bem que Bebê não sabe dessa traição..
Todos os domingos show de rock no barzinho de praia chamado La Bamba. Caímos na dança com os Namastês e o Rubão fez o maior sucesso entre as gringas, sendo tirado para dançar diversas vezes…eu que me cuide, hahaha.
Olhem as armações metálicas onde acendem fogueiras a noite ao longo da praia, fica lindo!
b
Nos dias seguintes foi uma correria só para pesquisar preços e condições de marinas pois nossos parentes, Mara, a irmã do Rubão, nosso cunhado Ricardo e as sobrinhas Tatá e Duda chegariam dia 5/04 e pretendíamos com o conforto de uma marina preparar o barco para recebê-los, pois imaginem que a essa altura, a mais de 9 meses viajando e a uns 5 meses sem nenhuma marina, só no esquema de ancorar e economizar água, uma faxina colossal se fazia necessária e principalmente uma baita arrumação, pois o quarto da proa acaba virando depósito quando estamos sozinhos.
Tentamos a Lagoon Marina indicada pelo Zanela, mas estava lotada, e sendo bem sincera, os arredores são feinhos e acabamos optando pela Simpson Bay Marina, belíssima, uma baita estrutura e facilidades que desejávamos para os hóspedes, como a proximidade da praia ( é meio complicado nadar no lagoon, muitos barcos, água turva) bons mercados, restaurantes e lanchonetes. Nosso dia-a-dia ( financeiro,kkkk) não inclue marinas, mas em seis pessoas e com somente um banheiro se faz necessário, e após um racha não pesou para ninguém.
E dá-lhe faxina e arrumação, tudo brilhando, um baita Cassoulet pronto esperando a turma, e…. ferrou. Coitados, foi uma odisséia. O vôo tinha escala nos Estados Unidos somente para troca de aviões mas as sobrinhas não possuiam visto americano e após muito sofrimento e gastos e um atraso de 3 dias que incluiu uma escala em Paris os exaustos viajantes chegaram. Nós, com a ajuda dos Namastes tivemos que derrotar as comidinhas e ficamos ansiosamente esperando-os E VALEU A PENA!!! Que farra!
Olhem a família chegando. Que alegria!
Curtindo no cockpit e sabendo tudo sobre a odisséia da viagem…
Passeamos pelos arredores, fomos a praia, fomos ver um show de rock com uma banda excelente que toca todos os domingos em um bar de praia chamado La Bamba que o Carlão e a Sandra haviam nos apresentado na semana anterior, e aqui fica um comentário de admiração ao número imenso de casais velejadores acima dos 60 e 70 anos que além de aguentarem as dificuldades dessa vida que exige bastante fisicamente, são extremamente animados para dançar. Não sendo pejorativa de jeito nenhum em meu comentário, mas você fica com a sensação de estar em uma locação do filme Cocoon, hahaha. Não que sejamos jovens e em breve engrossaremos essas fileiras com muito orgulho, aliás, adoraria chegar lá com todo esse vigor físico.
Brinquedinho para alugar na praia. Fiquei aguada, mas 300 dólares por alguns minutos não dá para encarar.
Nossas princesas aproveitando a praia
Todo mundo no mar menos o ” Rubão Gato Escaldado”, só quer entrar se a água estiver morna
Outra noite no La Bamba, dessa vez Mara e Ricardo deram um show de dança
Meus grudinhos comigo e com a nova amiga
Reservamos um dia para Philipsburg, a capital de San Marteen e a meca das compras pois é livre de impostos. Tanto Ricardo como nós estávamos loucos pela Go Pró, camerazinha porreta para fotos e filmagens de aventuras e sub-aquáticas, e depois de muuuuuita barganha com um indiano labioso que só, saímos carregados com a dita cuja, seus apetrechos e mais um monte de utilidades e inutilidades. Até Mara que não tinha essa pretensão saiu com uma bela camerazinha e eu estou apaixonada pela minha caixinha de som sem fio até agora!
Van super confortável por apenas 1,50 dólares por pessoa
Algumas de Philipsburg
As meninas então, charmosíssimas com seus óculos de sol novos, seus vestidos e cangas Caribenhas e seus macaquinhos rasta! Um foi batizado de Caribean e o outro de San Marteen.
Fotos com o pirata
Esta foto tiramos para os amigos Elder e Dulcinha de Natal. Muita saudade do casal, e aliás, vai um bacardi aí?
Após um almoço em um restaurante Chinês delicioso voltamos as compras, inclusive passando na Budget Marine no mesmo dia para iniciar o capítulo dois das compras do Ricardo: binóculos, sextante( não encontrou), GPS e nadadeiras, máscaras e snorkels para todos, pois em dois dias partiríamos para a charmosa Saint Barth. A família, que possue a pouco tempo um pequeno veleiro chamado Perseu em Tocantins, insistiu em sair do conforto da Marina para vivenciar experiências da vida de cruzeirista, pois pensam em fazer uma mudança radical e abraçar este estilo de vida, e FOI UM BATISMO DE FOGO!
São só uma 18 milhas mas ao sair do abrigo do lagoon, com o belo espetáculo da ponte se levantando, eu e Rubens nos entreolhamos e percebemos que não ia ser facil…mar contra, vento na cara, ondas altas…bom, foram umas 5 horas de profundas experiências estomacais, muito abraço no balde, mas todos se comportaram bravamente e paramos na Ile de Fourchue que faz parte do arquipélago de Saint Barth ( ou Saint Barthelemy ) para poupar a a tripulação e desfrutar de sua paisagem árida, belíssima e águas translúcidas. Tão logo pegamos uma poita que acreditamos ser gratuita pois ninguém nos cobrou até hoje, a molecada nos incitou a pegar o equipamento e cair na água. Foi tudo de bom, vimos arraias, peixes variados, e o melhor, o principal, a carinha de alegria das sobrinhas queridas.
As caras animadas na saída, mal sabem o que os aguarda
Chegada na Ile Du Fourchue
Que final de tarde!
Após um belo jantar, acho que fiz um risotão de shitake, dormimos o sono dos justos, a família em sua primeira noite embalados pelo mar fora da quietude da marina.
Ao acordar, toca para a 1ª ancoragem de Saint Barth: Anse Du Colombier. É uma reserva natural (aliás, a Ilha Fourchue também), a água mais azul desde Tobago Kays, areia branquíssima, um show! Foi um dia de muito mergulho, muita brincadeira na praia, entardecer estupendo e uma noite maravilhosa com o “tio Rubinho” inventando mil estórias de terror para deliciar as crianças…e os adultos também!
Curtindo a praia em Anse du Colombier
Excursão com crianças de Gustávia a Anse Du Colombier, aproveitam a praia, comem lanches imensos, sem brincadeira, uma baguete inteira recheada cada e no final da tarde vão embora.
Croquetinho lindo!
Depois de um lauto almoço, o descanso em nossa ” tenda árabe caribenha”
No dia seguinte a capital, Gustávia, e eita ancoragem difícil! Um ventão danado, nenhuma poita disponível e poucos lugares para ancoragem, mas conseguimos, e após um bom almoço a bordo e uma boa observação da ancoragem, partimos em duas viagens de bote para conhecer a cidade, mas tudo com um certo receio, pois eu e Rubão, já teoricamente experientes como estamos, esquecemos de fazer nossa saída no Custons e imigração de San Marteen, portanto estávamos ilegalmente ali e sem poder fazer a entrada, mas felizmente não tivemos problemas.
A cidade é um charme, muito francesa, muito chique e MUITO CARA! Quem for passar um tempo maior por ali, vá bem abastecido. Eu e Rubão , após um passeio pela cidade e um belo sorvete abandonamos a família em um barzinho charmoso pois tínhamos uma missão: enviar um texto e fotos sobre nossa vida a bordo para o Gilberto da revista Náutica que havia feito diversos contatos por email solicitando esse material para que pudesse nos incluir em uma matéria da edição de Maio e estávamos em falta devido a correria, aliás, esperamos que tenha dado tempo e que a publicação aconteça, aliás familiares e amigos, leiam, escaneiem e mandem-nos por email.
Algumas de Gustávia
A turma só matando a saudade de um belo sorvete e passeando na orla
carrinho super charmoso e bastante comum por aqui
Reencontramos o pessoal, tomamos uma cervejinha e assistimos a uma apresentação de uma palhaça francesa no meio do boteco, pelo jeito um local onde artistas itinerantes se apresentam, e retornamos ao barco para uma bela pizza e mais estórias do Rubão.
Princesas assistindo a palhacinha francesa
Em consenso, decidimos voltar para Colombier para mais um dia de praia e mergulhos, paramos do outro lado da enseada que nos ofereceu a visão de muitos peixes e arraias embora nenhuma tartaruga, essas só vimos nadando perto do barco em Gustávia.
Curtindo novamente as águas cristalinas de Colombier
Ao contrário das nossas praias, faltam árvores para abrigar do sol, e os Souza/Macgiver resolveram com uma tendinha
Eu e Rubão percorremos um caminho que leva de uma ponta a outra da enseada num plano mais alto, e vejam que fotos
Meu Comandante e Doris ao fundo
Tio Rubens e as sobrinhas fazendo castelos de areia
Após mais um dia e uma noite especiais retornamos, graças a Deus com todos passando bem e curtindo a navegada no convés para San Marteen e esperamos a ponte abrir ancorados, o que sempre é um pouco tenso pois abrem por pouquíssimo tempo e em grandes intervalos, acho que 3 ou 4 vezes ao dia, mas chegamos bem a Marina e desfrutamos de um belo banho após 4 dias com banhos meio salgados, mas eu confesso que sou bicho do mar, a marina é muito confortável mas anseio pela liberdade de pular na água quando me apraz.
Infelizmente já era domingo e na terça-feira eles teriam que retornar para o Brasil, portanto lanchamos fora, curtimos juntos a segunda-feira e com tristeza chegou o momento da despedida, com uma preocupação bastante procedente: ao passar por todos os problemas na vinda, adiaram a partida mas tinham receio de que mais algum problema ocorresse, e ainda bem que fomos cedo para o aeroporto pois foi outra odisséia, mas no final conseguiram embarcar e bateu uma tristeza imensa pois um longo tempo passará até que nos reencontremos, mas acho que já convenci a Tatá e a Duda a “ENFERNIZAR” o papai e a mamãe para ir para Grenada, a mesma técnica infalível que utilizei em Natal quando foram nos encontrar com a palavra mágica CARIBE… deu certinho, hahaha
Finalmente conheceram o Branquinho querido!
Gatinhas dormindo na sala do veleiro
As princesas a caráter
Despedida triste no aeroporto
Agora começou uma nova etapa nada fácil, que é o arroz/ feijão de todo Brasileiro que visita esta ilha
– pesquisa de preço de equipamentos e mão de obra
– compra pelos melhores preços ( geralmente compramos 5 vezes aquilo que pretendíamos a princípio entusiasmados pelas promoções).
-Esperar a mão de obra e se auto-flagelar por ser contra calmantes e não trazer uns lexotans, diazepans, qualquer pan que te acalmasse nessa loooooonga espera e na dificuldade em sobreviver na ZONA, assim mesmo, zona maiúscula, imensa, infinita que reina no barco. É pedaço de madeira e parafuso do serralheiro que está instalando mais uma geladeira para mim, isso mesmo, uma geladeirinha linda, funcional, COM LUZ DENTRO, gavetão corrediço, congelador, estou tão apaixonada por ela que já estou com tendinite pelo esforço repetitivo de abri-la uma 50 vezes por dia, hahaha ou o Rasta que está instalando umas gaiútas adicionais para ventilar melhor o quarto, em suma, um caos.
Minha geladeirinha nova
Uma foto da antiga mas ainda a principal (para não sentir ciúme e resolver parar de funcionar)
Bagunça total
Algumas coisas são muito legais, como por exemplo a atitude do Gui, um brasileiro radicado em San Marteen a muitos anos que trabalha com instalação de equipamentos eletrônicos, e que ao perceber o talento do Rubão deu as dicas necessárias para que ele fizesse 80% do trabalho necessário, economizando montanhas de dinheiro com o intalador tanto do nosso SUPERPODEROSOPILOTOHIDRÁULICONOVINHOLINDODEMORRER como das nossas placas solares também poderosíssimas, pois o mesmo só finalizará o trabalho. Aliás, veio por umas 3 horas hoje, 09/05 e acho que amanhã ficará só mais uma ou duas horas, o que a uns 80 dólares/ hora dá para imaginar a economia que o trabalho de dois dias seguidos do Rubão, muitíssimo bem alimentado e assistido por mim, gerarão. Iniciaremos então, também com Rubão se encarregando da maior parte do trabalho, a instalação de um equipamento que nos trará um imenso conforto: um dessalinizador ou watermaker da marca Spectra, super conceituada, e que nos gerará uns 30 litros de água do mar transformada em água puríssima, inclusive para beber por hora de funcionamento.
Só quem vive a bordo, e principalmente quem vive a bordo fora do Brasil sabe a maravilha que é ter abundancia de água. No Brasil em quase toda ancoragem havia profusão de água, só sendo trabalhoso buscá-la em galões, embora alguns lugares como Ilha Grande tenham até mangueiras disponíveis em poitas, um baita conforto. Aqui no Caribe muitos lugares são secos, com pouca vegetação e a água além de difícil é cobrada, portanto, viva nosso watermaker que também nos dará a segurança adicional durantes travessias longas e VIVA OS BANHOS DE ÁGUA DOCE!!!
Da forma como estou contando parece que é só trabalho, e realmente ele tem ocupado a maior parte do nosso tempo, mas tudo tem suas compensações. Os amigos do Namastê que chegaram bem antes por aqui foram, a mais ou menos um mês para o lado francês, Marigot, e travaram contato com outros brasileiros que depois nos apresentaram, e tristes com a partida dos familiares fomos animados por um happy hour delicioso no veleiro Vento Macio do Marcos e da Heloísa do Rio de Janeiro, e vejam que coincidência, a vários anos quase compraram Dóris. Foi uma noite memorável, muito vinho, muitos queijos e o principal, muita conversa. Como o casal receberia filhos e neto no dia seguinte nos reencontramos recentemente em um ponto de encontro usual, o restaurante Lagoonis na marina Lagoon que é sempre muito animado, happy hour com promoção de cerveja a 1 dólar, drinks a 3 dólares e as 20:00 música ao vivo todos os dias menos no final de semana. Todas as sextas um rock com a mesma banda daquele bar de praia a que me referi, o La Bamba mas com uma cantora espetacular, viramos fregueses, nos sábados tem um rock mais intimista com o velejador Mason perto da nossa marina e estão tentando me convencer a cantar nas segundas do lagoonis pois é a noite do microfone aberto, mas meu violão é tão sofrível…sei não…cadê meu irmão e parceiro Licão? Continuo um Claudinho sem Bochecha, hahaha. Conhecemos também o Gabriel, brasileiro casado com uma Polonesa, jovens e simpáticos no veleiro , o pessoal do Onda Boa, catamarã que iniciou ontem a travessia do atlântico com destino a Holanda, comandado pelo holandes mais brasileiro que já conheci, Peter, e sua namorada Brasileira Dora. Esse casal muito legal ofereceu o espaço para comemorarmos o aniversário do Gabriel e foi uma festança e uma chance de reunir a brasileirada. É uma pena que os trabalhos nos tenham obrigado a ficar longe de todos, pois toda a mão de obra fica no lado holandês, e a verdade é que nas três vezes que atravessamos de bote daqui até Marigot foi bastante difícil e isso dificulta o convívio, mas na próxima temporada estaremos mais próximos e mais livres.
Comemoração do aniversário do Gabriel no Onda Boa, e olha o casal aí
O aniversariante, eu e Heloísa do Vento Macio
Foi uma farra maravilhosa e os anfitriões Peter e Dora se superaram
Curtindo o rock no Lagoonis toda sexta- feira a noite
Olha o guitarrista velejador…
Cantora espetacular
Paralelamente tentamos manter um contato ao mesmo tempo tão vital, tão distante, tão difícel e importante com nossos vínculos em terra. Meu pai que esteve internado com sérios problemas de saúde felizmente apresenta melhoras e voltou para sua casa. Nossa casa que estava com inquilinos complicados e que abandonaram o contrato nos prejudicando em todo o planejamento de viagem finalmente parece entrar no esquema para uma próxima locação, e a saudade, a vontade de conversar de fato, não por mail ou por conversas entrecortadas no skipe me angustiam. Quero saber DE FATO como minhas crianças ,meus irmãos, meu pai e meus amigos estão, quero estar lá e quero estar aqui ao mesmo tempo, e sei, por todos os livros que li sobre diferentes pessoas em experiências semelhantes, que esses sentimentos e sensações são comuns em quem abraça esse tipo de vida e tenho que aceitá-los.
Temos ainda uns 10 ou 15 dias de muito trabalho e a temporada de furacões se aproxima. Queremos curtir pelo menos uma semana de ancoragens que não conseguimos conhecer por aqui mas não podemos bobear e a verdade é que estamos em um grande dilema…
Os amigos que estão aqui pretendem ficar em Grenada na temporada de furacões, mas lá não é totalmente protegido e tememos isso, além de não desejarmos ficar tantos meses em um mesmo local. Nosso plano original seria rumar para a Venezuela, seguindo uma rota que dizem ser belíssima: Los Testigos, um pequeno arquipélago com pouquíssimos habitantes, Los Roques que dizem ser um dos lugares mais belos, Las Aves, outro pequeno arquipélago e as ilhas ABC, Aruba, Boneur e Curaçao. Neste nosso sonho encontraremos os amigos do catamarã Cascalho, Luis e Mauriane que não vemos desde a Martinica n e navegaremos próximos. Além de tudo, fazendo esta rota aumentaríamos a possibilidade de receber nossos amigos e familiares a bordo, pois o custo absurdo das passagens aéreas para o Caribe “de cima” desaparece no Caribe Venezuelano e o custo de vida é muito mais baixo.
Ameaçando esses sonhos está a m…. da pirataria que dizem estar muito presente por lá. Estamos pesquisando, conversando com pessoas experientes como por exemplo o Marcelo e a Maura que conhecemos ligeiramente. São de Ilhabela e estão nesta vida a uns 12 anos e dizem que lá é tudo de bom, em suma, utilizaremos este último período por aqui para tomar essa decisão, tentaremos encontrar os amigos do Cascalho na Martinica para combinar melhor e reabastecer o barco de provisões pois aqui é muito caro e na próxima publicação falarei sobre nossos últimos dias aqui e principalmente sobre nosso próximo destino.
Rita
P.S. Acabei atrasando mais de uma semana esta postagem. O sinal é caótico mas a boa notícia é que as instalações estão caminhando e em breve partiremos. Já está começando aquela coceirinha por novas paragens…